terça-feira, 2 de dezembro de 2008

TROPICANA

Há uns dois meses prometo me levar de chinelos barulhentos pelas ruas do meu bairro até o Estádio do Pacaembú pra uma tarde de gostoso marasmo ao sol inconstante da primavera. Ontem foi o dia. Juntei minhas coisas numa sacola de pano xadrez, coloquei um ou dois livros, caderno de desenho, contas, procurações - tinha uns assuntos pra resolver antes de ir au solei - pensei do que mais eu poderia me livrar para conseguir passar umas duas horinhas lagarteando no Pacaembú. Resolvidas todas as coisas chatas de gente grande que não vai ao clube, tive que passar em casa pra me livrar do peso extra que tinha acumulado no início da manhã com uma visita rápida ao shopping. Só em casa, ao tirar os tênis para, enfim, vestir um par de chinelos ociosos, percebi que mal respirava, que minha cabeça dóia e que uma dorzinha de cabeça poria meu sonho de piscinão de volta na lista de espera.

Definitivamente resfriado e sol tropical não combinam nem um pouco. Sensação esquisita no corpo e uma urgência de cama surreal. Ainda mais pra mim, que nunca durmo durante o dia.

Hoje já sinto uma melhora. Por isso aqui na loja só vou ouvir The Housemartins. Bem calminho pra o Naldecon ficar meu amigo e ajudar a acabar com esse vírus invejoso de piscina.

Atchin!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

ABERTO NO FERIADO!!!


Teu é o Mundo abre no feriado, viu? Então se você não foi ainda e vai ficar de bobeira na cidade, passa lá pra tomar uma água e conhecer meu pequeno gabinete de curiosidades, quadros e tranqueiras luxuosas. Vou abrir das 12h00 às 17h00 que é pra ficar bom pra todo mundo, inclusive pra mim, que vou mexer nas panelas à noite. Espero todo mundo lá. Avante!!!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

RELOADING




Enfim consegui parar uns poucos minutos para escrever aqui um pouco de tudo que tem acontecido nno universo paralelo. Abriu, nasceu, foi pra rua, estreou a minha loja de objetos TEU É O MUNDO. Para os desavisados de última hora a linguada é essa. A Teu é o Mundo, é uma lojinha pequena e charmosa, onde ponho nos cobres coisas de várias épocas e procedências. Tem um pouco do meu acervo, minhas tranqueiras que sempre guardei como um cão pastor. Agora resolvi partilhar pra multiplicar. Tá tudo à venda e disponível. Precinhos de mãe pra filho caçula. Aguardo a visita dos amigos que ainda não apreceram. Meu caderninho fica aqui do meu lado, viu? Vou só anotando os nomes de quem não veio, rs.

Mês passado, em meio ao furacão de reforma, garimpo, montagem e produção de coisas para a loja, rolou um shootinng pro site da SPFW lá em casa. Tá no site do SPFW tem um tempinho mas só vi ontem. Passa lá e veja mais fotos. www.spfw.com.br Está em FWShooting e o nome do ensaio é Sunday Morning Wake up slowly...


Também escrevi novo texto para a próxima Junior. Pra quem não gosta de ficar só na figura humana...


O que mais? Bom, tô aqui na loja todos os dias esperando sua visita. Que venga el toro, olé!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

UKULELE, BABY


MixwitMixwit make a mixtapeMixwit mixtapes

TIC TAC TIC TAC

Um mês e pouco sem postar. Calendários não tiram férias, amigos. Nesse meio tempo, tempo e meio, andei ocupado buscando palha, lama e gravetos para o meu ninho. Ele tem se configurado a cada dia. Dele vou alçar outros vôos, vou buscar outras memórias. Em breve meu ninho estará pronto e quero receber todo mundo lá.

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Tem novo artigo meu na Junior 07 que acabou de chegar às bancas. Lê e me diz se é melhor eu tentar a carreira de cantor de karaokê.

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Trabalhando também no projeto de um bar novo de amigos antigos. Levante suas carcaças e apareça lá. Vocês vão ficar sabendo. Psssssiu.

P.U.E.D.O.E.S.P.E.R.A.R.M.A.S.Q.U.E.T.U.

O que é o tempo? Como o medimos diariamente sem a ajuda de relógios e marcadores automáticos? A cada segundo nos fragmentamos um pouco, partículas de nós já foram devoradas pela acidez do oxigênio, por ácaros famintos e anônimos e pelo tempo. Mas o tempo é uma linha, ele leva e traz, ele condena e absolve, ele oxida e aprimora o que somos, o que vivemos e os vestígios que deixamos na nossa desfragmentação ou por assim dizer, vida.

Ir aonde o tempo pudesse dar uma pequena folga, um slow motion, onde houvesse um buraco de fechadura onde qualquer um pudesse olhar tranquilamente relíquias da infância. Olhar com saudade coisas que viajaram no tempo e é bom poder ver de novo. Porque somos feitos do que realizamos no passado e do que planejamos para o futuro. E só conseguimos vislumbrar esse futuro com base nos vestígios que carregamos conosco. Pondo na estante coisas que fizeram parte de uma época importante para nós ou mesmo que não a tenhamos vivido. Elas nos inspiram e nos tensionam como a um estilingue. Recuar no tempo é um impulso para o futuro.

PARIS-BEIRUT


Amo esses vídeos...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

PETHIT PRINCE

Birdhouse. Thiago Pethit. Abra os olhos e os ouvidos...O coração bate asas no ar. Essa foi a melhor surpresa da semana. Todos os outros dias dessa semana, ficarão com cara de domingo preguiçoso. Obrigado, Thi!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

OVER THE RAINBOW


Cola lá pra ver a curadoria de livros que foi feita por este que vos escreve. Tem um monte de coisas incríveis pra todos os bolsos e feitios. Voilá!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

FEMALE LANDSCAPE

LANDSCAPE WITH MICKEY

ÍNDIO DA COSTA

Ontem um amigo me falou de uma Ong internacional que organiza mutirões para construção de escolas, hospitais, abrigos e afins na África. Mal ele terminou de falar eu já me via com uma pá sob o implacável sol da costa sul-africana. Empolguei total. Seis meses na África, fora da metrópole, falando outra língua, trabalhando que nem peão. Um sonho. Pensei se por aqui também não poderia fazer o mesmo...acho que a distância, a língua, o trabalho, o esforço fazem da África o lugar ideal pra uma temporada em outro planeta, sei lá. Ao invés de ir à Índia ou ao Tibet em busca de uma resposta preguiçosa na meditação, um campo de trabalho pesado, braçal, quase auto-flagelante. No meu sonho é assim. Alguém sabe onde se precisam erguer escolas, não monumentos; hospitais, não palácios; abrigos, não igrejas? Tô indo.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

OLHA EU AQUI!


Lembro da infância, quando uma prima distante, sacaneando, me chamava 'bonitão da bala Chita'. Adorava o chocho. Em mais um capítulo da série "Vou me livrar de tudo que não uso mais", achei essa embalagem numa agenda de 1996. A agenda foi pro lixo reciclável mas a embalagem da bala Chita vai esperar os próximos capítulos...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

UNTITTLED #8


Seguindo o conselho do Marcelo Negri sobre o Deleted Images - é, ainda não catei o fundamento de como por link aqui - vou postando umas imagens que fiz por aí. É o que tem pra hoje.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

TEATRO DO ABSURDO

(O Sr. e a Sra. Martin sentam-se frente a frente, sem se falarem. Sorriem um para o outro, timidamente. O diálogo que se segue deve ser dito com voz arrastada, monótona, meio cantante, sem nuances)

SR. MARTIN – Desculpe, minha senhora, mas me parece, se não estou enganado, que a conheço de algum lugar.

SRA. MARTIN – Eu também, meu senhor, parece que o conheço de algum lugar.

SR. MARTIN – Por acaso, minha senhora, eu não a teria visto em Manchester?

SRA. MARTIN – É bem possível. Eu sou da cidade de Manchester! Mas não me lembro muito bem, meu senhor, eu não poderia dizer se o vi ou não!

SR. MARTIN – Meu Deus, que curioso! Eu também sou da cidade de Manchester, minha senhora!

SRA. MARTIN – Que curioso!

SR. MARTIN – Que curioso! … Só que eu, minha senhora, saí de Manchester há mais ou menos cinco semanas!

SRA. MARTIN – Que curioso! Que estranha coincidência! Eu também, meu senhor, saí da cidade de Manchester há mais ou menos cinco semanas.

SR. MARTIN – Peguei o trem das 8 e meia da manhã, que chega em Londres às 15 para as 5, minha senhora.

SRA. MARTIN – Que curioso! Que estranho! E que coincidência! Eu também peguei o mesmo trem, meu senhor.

SR. MARTIN – Meu Deus, que curioso! Então, minha senhora, talvez eu a tenha visto no trem?

SRA. MARTIN – É bem possível, pode ser, é plausível, e, afinal, por que não!… Mas eu não me lembro disso, meu senhor!

SR. MARTIN – Eu estava viajando de segunda classe, minha senhora. Não existe segunda classe na Inglaterra, mas assim mesmo eu viajo de segunda classe.

SRA. MARTIN – Que estranho, que curioso, e que coincidência! Também eu, meu senhor, estava viajando de segunda classe!

SR. MARTIN – Que curioso! Talvez nós tenhamos nos encontrado na segunda classe, minha cara senhora!

SRA. MARTIN – É bem possível, pode ser. Mas eu não me lembro muito bem, meu caro senhor!

SR. MARTIN – Meu lugar era no vagão número 8, 6o. compartimento, minha senhora!

SRA. MARTIN – Que curioso! Meu lugar também era no vagão número 8, 6o. compartimento, meu caro senhor!

SR. MARTIN – Que curioso e que estranha coincidência! Talvez nós tenhamos nos encontrado no 6o. compartimento, minha cara senhora?

SRA. MARTIN – É bem possível, afinal! Mas eu não me lembro, meu caro senhor!

SR. MARTIN – Para falar a verdade, minha cara senhora, eu também não me lembro, mas é possível que tenhamos nos visto lá, e, pensando bem, a coisa me parece mesmo bem possível!

SRA. MARTIN – Oh! Realmente, é claro, realmente, meu senhor!

SR. MARTIN – Que curioso!… Meu lugar era o número 3, perto da janela, minha cara senhora.

SRA. MARTIN – Oh, meu Deus, que curioso e que estranho, meu lugar era o numero 6, perto da janela, em frente ao senhor, meu caro senhor.

SR. MARTIN – Oh, meu Deus, que curioso e que coincidência!… Nós estávamos então frente a frente, minha cara senhora! É aí que devemos ter-nos visto!

SRA. MARTIN – Que curioso! É possível mas eu não me lembro, meu senhor.

SR. MARTIN – Para falar a verdade, minha cara senhora, eu também não me lembro. Contudo, é bem possível que nós tenhamos nos visto naquela ocasião.

SRA. MARTIN – É verdade, mas eu não estou muito certa disso, meu senhor.

SR. MARTIN – Mas não foi a senhora, minha cara senhora, a senhora me pediu para pôr sua maleta no bagageiro e que em seguida me agradeceu e me deu permissão para fumar?

SRA. MARTIN – É sim, devia ser eu, meu senhor! Que curioso, que curioso, e que coincidência!

SR. MARTIN – Que curioso, que estranho, que coincidência! Muito bem, e então, então talvez nós tenhamos nos conhecido naquele momento, minha senhora?

SRA. MARTIN – Que curioso e que coincidência! É bem possível, meu caro senhor! Contudo, acho que não me lembro.

SR. MARTIN – Eu também não, minha senhora.

(Um momento de silêncio. O relógio bate)

SR. MARTIN – Desde que cheguei a Londres, moro na rua Bromfield, minha cara senhora.

SRA. MARTIN – Que curioso, que estranho! Eu também, desde a minha chegada a Londres, moro na rua Bromfield, meu caro senhor.

SR. MARTIN – Que curioso, mas então, talvez nós tenhamos nos encontrado na rua Bromfield, minha cara senhora.

SRA. MARTIN – Que curioso, que estranho! É bem possível, afinal! Mas eu não me lembro, meu caro senhor.

SR. MARTIN – Eu moro no número 19, minha cara senhora.

SRA. MARTIN – Que curioso, eu também moro no número 19, meu caro senhor.

SR. MARTIN – Mas então, mas então, mas então, mas então, mas então, talvez nós tenhamos nos visto naquela casa, minha cara senhora?

SRA. MARTIN – É bem possível, mas eu não me lembro, meu caro senhor.

SR. MARTIN – Meu apartamento fica no 5o. andar, é o número 8, minha cara senhora.

SRA. MARTIN – Que curioso, meu Deus, que estranho! E que coincidência! Eu também moro no 5o. andar, no apartamento número 8, meu caro senhor.

SR. MARTIN – Que curioso, que curioso, que curioso e que coincidência! Sabe no meu quarto, eu tenho uma cama. Minha cama fica coberta com um edredon verde, encontra-se no fim do corredor, entre o lavabo e a biblioteca, minha cara senhora!

SRA. MARTIN – Que coincidência, ah meu Deus, que coincidência! Meu quarto também tem uma cama com um edredon verde e se encontra no fim do corredor, entre o lavabo, meu caro senhor, e a biblioteca!

SR. MARTIN – Que estranho, curioso! Então, minha senhora, moramos no mesmo quarto e dormimos na mesma cama, minha cara senhora. Talvez seja lá que nós tenhamos nos encontrado!

SRA. MARTIN – Que curioso e que coincidência! É bem possível que tenhamos nos encontrado lá, e talvez até mesmo na noite passada. Mas eu não me lembro, meu caro senhor.

SR. MARTIN – Eu tenho uma filhinha, minha filhinha, ela mora comigo, minha cara senhora. Ela tem 2 anos, é loira, tem um olho branco e um olho vermelho, é muito bonita e se chama Alice, minha cara senhora.

SRA. MARTIN – Que estranha coincidência! Eu também tenho uma filhinha, ela tem 2 anos, um olho branco e um olho vermelho, é muito bonita e também se chama Alice, meu caro senhor.

SR. MARTIN – ( com a mesma voz arrastada, monótona) Que curioso e que coincidência! E estranho! Talvez seja a mesma, minha cara senhora!

SRA. MARTIN – Que curioso! É bem possível, meu caro senhor.

Um momento de silêncio bem longo… O relógio bate vinte e nove vezes.

SR. MARTIN – (após refletir longamente, levanta-se lentamente e, sem se apressar, dirige-se até a Sra. Martin que, surpresa com o ar solene do Sr. Martin, também se levantou, muito suavemente; o Sr. Martin fala com a mesma voz singular, monótona, vagamente cantante) Então, minha cara senhora, creio que não há duvida, nós já nos vimos e a senhora é minha própria esposa… Elisabeth, eu reencontrei você!

SRA. MARTIN – (aproximando-se do Sr. Martin sem se apressar. Eles se abraçam sem expressão. O relógio soa uma vez, muito forte. A batida do relógio deve ser tão forte que deve fazer os espectadores se sobressaltarem. O casal Martin não a ouve.)

Donald, é você, darling!

Às vezes nos comunicar exige um esforço grande demais para diálogos sem sentido.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

QUADRÚPEDE OU SÓ OS CÃES SÃO FELIZES


Ser feliz é um cachorro comemorando a sua chegada por pior que tenha sido - pra ele - o momento da sua saída. Ser feliz é ser cão e acreditar que o dono cruel de manhazinha, vai voltar pra casa carinhoso e devotado à noite. Porque aquele dono que saiu batendo portas e o trancando no quintal é só um rascunho feio do verdadeiro dono, que o leva pra passear e o coloca nos braços como uma criança. Porque quando esse dono está bravo, ele acha que é o cão que deve ser contido e trancado no quintal. Ainda bem que esse desenho feio do dono aparece de vez em quando, não muito.

O cão é que é feliz quando, exultante, celebra com o mais emocionado e sincero abanar de rabo a chegada do dono em casa. E quando está tudo bem, mesmo que ele tenha se portado mal, revirado o lixo ou comido mais um pé de Havaianas. O tempo pra ele é o da volta, não o instante da briga. A felicidade é quadrúpede porque para os cães - felizmente - não foi dada a cruz do JULGAMENTO. Eles amam e pronto. IN-CON-DI-CIO-NAL-MEN-TE. Meu cão tem me ensinado tanto sobre generosidade, tanto sobre amar. Ele nunca deiste de subir na cama por mais 'nãos' que receba e obedeça cabisbaixo. Mas hoje ele vai dormir comigo e deitar nas novas fronhas que ganhei de um outro amor.

terça-feira, 15 de julho de 2008

sexta-feira, 11 de julho de 2008

MAGNETISMO

Numa era em que se pode resolver praticamente tudo na arte com as facilidades da realidade virtual e de um mundo de soluções digitais, fiquei feliz em conhecer o trabalho dessa dupla que cria belíssimas imagens utilizando Ferro-Fluid* e magnetismo. Incrível.




*O “ferrofluid” é um interessante material desenvolvido originalmente pela NASA. Trata-se de um líquido que contém nano-partículas magnéticas que sob o efeito de um ímã, cria espantosas formas.

CINÉTICA@BMW MUSEUM

sábado, 5 de julho de 2008

CABELO À PIRULITO E SAPATO AMERICANO

Tem um tempo que não escuto música de boate em casa, um tempo maior que parei de acompanhar as oscilações dos estilos musicais mudernos. Não sei mais qual a diferença entre electro, house, tribal, disco e afins. Em casa, prefiro descansar os ouvidos desse tipo de ostinatos. A verdade é que não tem rolado nada na noite que me emocione muito a ponto de me fazer dançar com mais galhardia. E é um saco estar numa pista dançando com pezinho frouxo que nem todo mundo. Prefiro dançar em casa, do jeito que eu quiser, com a música que eu escolho.

Mas esse post nem era pra falar de boite. Queria compartilhar umas coisas. Nem posso dizer que são novidades mas tem me dado grande prazer ouvir esses senhores. O engraçado é que não tenho muito apego por cantores. Acho que a voz masculina não me encanta tanto quanto a voz das mulheres. Será por isso que não existe sereios? Serão as cantoras as sirenas de outrora? Mistério...

O primeiro sujeito é o enfant terrìble à frente da banda Beirut, Zach Condon. Acho que até já falei dele aqui, por conta da trilha do desfile de inverno da Rita Wainer, onde ouvi pela primeira vez e fiquei chocado com a voz do gajo e com o som da banda. Júbilo divino pros ouvidos.

O outro é o sr. Thom Yorke. Já tinha ouvido falar mil maravilhas sobre o disco solo e tal mas nunca nem me mexi pra ouvir. Aí o Luca Lauri me gravou o cd do rapaz...Deve ter quase um mês que ouço diariamente esse disco e acho sensacional.

Hoje é dia de ficar ouvindo coisa boa pra cabeça, Judith. Parla!



KAOSMOS


O caos é lindo, né, Timothy Leary? Eu adoro. Dá um pouquinho medo de perder o controle mas funciona como uma válvula propulsora. Alguém um dia me disse que em tudo que fazemos é importante ter pelo menos 30% de caos. Mais ou menos. Eu sei que nas coisas que eu faço, é assim. Levanto tudo, jogo tudo pra cima, pesquiso, chafurdo, sujo, quebro, rasgo e depois começo a organizar. Aí vai aparecendo o que quero, aí vão surgindo as coisas, o universo começa a dançar como uma espuma descendo em circular pelo ralo. O processo de criação - isso soa tão esnobe! - que me dá segurança é exatamente não ter nenhuma. Não saber respostas, não saber onde vai dar mas continuar andando. "A estrada é melhor que a hospedaria". Nem sempre as pessoas entendem isso. Viva o empirismo! Ninguém tem resposta pra nada mesmo. Lembrei de uma música do Titãs:

"EU NÃO SEI FAZER MÚSICA
MAS EU FAÇO
EU NÃO SEI CANTAR AS MÚSICAS QUE FAÇO
MAS EU CANTO
EU NÃO TENHO CERTEZA
MAS EU ACHO"

quarta-feira, 25 de junho de 2008

DESIGN FACTOTUM

Hoje peguei uma dessas senhas em papel e meu número era 723. Custa U$50 na Supermarkethq.com

Pra dormir mais gostoso só pondo uma família de periquitos no ninho bem no meio da cama. Custa U$15.000 e é feita sob encomenda. A sua será única. Agora quero ver é ter sono esperando a fatura de 15 paus no cartão de crédito...Se bem que se tiver esse aqué, vai dormir na suíte presidencial do Plaza Athenée.

Uma graça, não? Pode ser útil em várias ocasiões, cabe na bolsa e na mochila é leve e durável. Custa só U$ 2,50 na SpoonSisters.com

ATMOSFERA





Olafur Eliasson. Brincando com luz, sombra, reflexos. Eu digo REFERÊNCIA. E preferência. Enjoy!

PROCESS


Viu como se faz...

PASSA-RÉGUA

Pronto! Consegui parar um minuto e ganhar talvez algum ânimo pra escrever um bocado sobre os últimos dias. Pois é, pra quem não sabe eu tava fazendo a cenografia do desfile da 2nd Floor no primeiro dia do SPFW. Foi puxado e tals. Na véspera fui pego por um sentimento de total deslocamento e insegurança, fiquei mal, fui pra casa meia noite depois de 20 horas initerruptas na Bienal. Precisava de uma idéia 'salvadora' pra droga que estava achando o meu cenário. Tomei um banho demorado - já desencanado de que ia acordar poucas horas depois - e pensei que minha insegurança foi gerada da insegurança dos outros. Fiquei mais um tempinho refletindo sobre isso e vi renascer a MINHA confiança. A confiança que eu tinha de que o trabalho fora bem conduzido, de que as idéias apresentadas anteriormente estavam ali e tava bonito. Eu sou extremamente auto-crítico e tem momentos em que, envolvido por um espírito diplomático-maníaco-depressivo, acabo me auto-boicotando. Enfim, o trabalho foi entregue, o desfile foi um arraso, o cliente ficou felicíssimo e eu também.

E depois que passa o vendaval dá um vazio, né? Só consigo lembrar desses caçadores de adrenalina...Subir montanhas, saltar penhascos, atravessar desertos, descer às fossas abissais, sei lá.

Procurando ruas que nos dêem sentido. Tem sentido?

Vão.

Ou não.

sábado, 21 de junho de 2008

sexta-feira, 13 de junho de 2008

BAZAR NA CHAMPS ÉLYSÉES



Cola lá, mano. O bagulho vai ser mil grau e várias situações rolando forgado. Mil trutas colando na parada pra adquirir vários bagulho loko. Vô colá na quebrada com uns pano da hora e várias fita! É nóis...

SÁBADO!

Rua Chácara do Carvalho, 109. À partir das 14h

segunda-feira, 2 de junho de 2008

AS COISAS CONVERSAM

Animadão e tomado de afazeres. Ter idéias é uma delícia, fazê-las sair do papel é que é osso. Tô me sentindo como um polvo, oito, dez mãos e braços e bocas e ouvidos parecem ser bem vindos cada vez que contato um ou outro fornecedor, cada vez que solicito uma amostra, um orçamento. "Tenha fé", diria um padre rarefeito. Pois bem: balões de gás hélio. O mundo em uma esteira de seis metros de largura. Teste, prova, planta e cor. Tudo começa essa semana. Que venga el toro, olé!

CIEL


terça-feira, 27 de maio de 2008

ESTA LUZ NUNCA SE APAGARÁ




Hoy te esperaré
en la esquina iluminada de mi calle. Oh ven
no puedo comprender
que nunca confesaras tu amor
aquella noche eterna. Daba igual.
Hoy te esperará
este reducto de marfil y de hueso que soy
me hiciste un gran favor
oh, nadie ha dado un paso por mí
yo era una luz enterrada con puñados de cal.
Y si estoy sólo esta vez, no es
casualidad
morir por ti sería un lento y bello final
y no regresarás a mi corazón
morir por ti sería un ambicioso final.
Hoy te esperaré.
Dime, dime a mí quién soy, qué soy
y en el oscuro soportal
señor, mi suerte al fin pudo cambiar
¿pero te extraña que exija de nuevo tu amor?
Hoy te esperaré
si dime, dime a mí quién soy, qué soy
y puedo comprender
que nunca confesaras tu error
aquella noche enferma. Era normal.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

NADA MAIS QUE A VERDADE


Quando era moleque e passava na banca, de longe já me vinha um certo frio na barriga e o pensamento "será que olho 'aquele' jornal?". É sério. Tinha medo, receio de ver gente morta. Mas a curiosidade sempre falava mais alto e eu acabava olhando as manchetes. Às vezes me arrependia...Imagens e chamadas fantásticas ficavam ecoando na minha cabeça na hora de dormir. Hoje penso que devia ser uma farra trabalhar no Notícias Populares e a diagramação eu amo. Achei essa imagem por acaso e, claro, tinha que por aqui.

terça-feira, 13 de maio de 2008

THE VOLUPTUOUS HORROR OF KAREN BLACK



Não vou ficar fazendo discursos artísticos nem dichavando minhas opiniões sobre a moça, só digo que adoro e divido aqui com quem ainda não viu a gata(?) em ação.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

D*FACE



Entrevista com o moço aqui http://www.fecalface.com/SF/index.php?option=com_content&task=view&id=1097&Itemid=92