terça-feira, 7 de outubro de 2008

P.U.E.D.O.E.S.P.E.R.A.R.M.A.S.Q.U.E.T.U.

O que é o tempo? Como o medimos diariamente sem a ajuda de relógios e marcadores automáticos? A cada segundo nos fragmentamos um pouco, partículas de nós já foram devoradas pela acidez do oxigênio, por ácaros famintos e anônimos e pelo tempo. Mas o tempo é uma linha, ele leva e traz, ele condena e absolve, ele oxida e aprimora o que somos, o que vivemos e os vestígios que deixamos na nossa desfragmentação ou por assim dizer, vida.

Ir aonde o tempo pudesse dar uma pequena folga, um slow motion, onde houvesse um buraco de fechadura onde qualquer um pudesse olhar tranquilamente relíquias da infância. Olhar com saudade coisas que viajaram no tempo e é bom poder ver de novo. Porque somos feitos do que realizamos no passado e do que planejamos para o futuro. E só conseguimos vislumbrar esse futuro com base nos vestígios que carregamos conosco. Pondo na estante coisas que fizeram parte de uma época importante para nós ou mesmo que não a tenhamos vivido. Elas nos inspiram e nos tensionam como a um estilingue. Recuar no tempo é um impulso para o futuro.

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