O Bicho de sete cabeças foi o primeiro longa que fiz e, graças, foi uma experiência muito, muito boa. Na época eu era assistente de cenografia e fazia um pequeno papel no Apocalipse 1;11 do Teatro da Vertigem, outra experiência, eu diria, transformadora. O Marquinhos Pedroso, meu chefe, tinha feito as outras duas peças da Trilogia Bíblica do Vertigem e depois de um ano da primeira temporada do Apocalipse, ele foi convidado pelo Caio e Fabiano Gulanne (a Gulanne Filmes nessa época era um embrião, hj, vocês sabem...)pra fazer a direção de arte desse filme, um tal Bicho de sete cabeças.
Bom, eu fui com ele, né? E foi tão bom quanto foi fazer o Apocalipse. O Marquinhos é um grande diretor de arte e um chefe generoso. Nesse vídeo abaixo tem um trecho do filme onde a câmera passeia por uma parede onde está escrito um poema do Arnaldo Antunes. Uma cena linda que foi encaixada nesse dia de filmagem e...não tinha nada escrito na parede . Cara, eu me lembro até hoje dos calos por rasgar essa parede com um dente de garfo (o modo como os internos do Juquery escreviam em tudo por lá) pra escrever esse poema. Em 40 minutos. Minha vida melhorou um pouco depois que um dos ajudantes de arte me arranjaram um canivete. Por isso veja o vídeo e pense nos calos nas minhas mãos. Alguém anima de ir comigo lá na colônia tirar um foto dessa parede? Rs...
sexta-feira, 7 de março de 2008
O BURACO DO ESPELHO
Marcadores:
assistência,
calos,
desenho,
design,
direção de arte,
fime,
longa,
Marcos Pedroso,
portifólio
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário