domingo, 24 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
INTERLÚDIO
All Is Vanity
Original source image by Charles Allen Gilbert, 1892
Original source image by Charles Allen Gilbert, 1892
All Is Vanity
2009, colour photograph by Adad Hannah 2009
2009, colour photograph by Adad Hannah 2009
domingo, 17 de janeiro de 2010
NOT
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
MARIANAS
"Por detrás da alegria e do riso, pode haver uma natureza vulgar, dura e insensível. Mas por detrás do sofrimento, há sempre sofrimento. Ao contrário do prazer, a dor não usa máscara." Oscar Wild em De Profundis
Sempre desconfiei de segredos. Mesmo os confessos. E sozinho dentro da minha cabeça, num canto escuro dentro da minha cabeça, fico calculando que parte daquele segredo foi realmente revelado; sob que véus ele me olha feito uma cadela agradecida. Feito isso, logo espalho esses pensamentos como fumaça de cigarro. Melhor não dar corda ao cáculo das probabilidades. Melhor, talvez, refletir sobre as relações sob outro ponto de vista: "A vida apenas, sem metafísica."
Tento me conter em não gastar horas e neurônios letárgicos a divagar sobre segredos, verdades ocultas e enigmas do gênero. Tenho até um frágil receio de virar um desses teóricos da conspiração com síndrome de louco perseguido. Me reservando o direito de reconhecer meu incômodo e confiar que reconhecendo-o, liberto-me de qualquer inrustimento de vontade.
Acho que a intimidade de almas, seja ela entre amigos, parentes e principalmente entre amantes, na medida em que se aprofunda, revela a sombra latente de fossas abissais. Penso que quanto mais conhecemos uma pessoa, mais reveladoras serão as verdades quando esta já não fizer mais parte da nossa vida. E tudo bem quando Inês é morta. Mas quando não...
Existem segredos e existem verdades ocultas. Há verdades que são só nossas, portanto não são segredos. Mas há verdades que são negligenciadas. Essas, envoltas por camadas de má fé e mesquinhez que deixam um rastro fétido de lodo, como lesma putrefada são geralmente chamadas de segredos. É chato de olhar mas se seguirmos seu rastro, eles revelam sem pudor o que ocultavam: verdades constragedoras para quem as guardava. Fossas abissais na alma...É um caminho. Somos placas tectônicas em constante movimento. Arrotando terremotos. Para os covardes, escondidos atrás de uma máscara cândida e devotada há sempre a frieza e a iminência de pequenos tremores ingratos.
Tenho dito.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
WOODPECKER + FLESH RAINBOW
Já postei algumas fotos dele aqui. Jeff Bark é um fotógrafo que me desconcerta. Na contramão do empirismo - que adoro e pratico - e da captura instantânea, ele faz transbordar uma beleza meticulosamente "pintada" em suas fotos. Parece tão lindamente banal, e ao mesmo tempo, tão cheio de significados. Faz a gente agradecer de joelhos pelo sentido da visão. O belo desarma.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
WOJCIECH KILAR
Sem dúvida uma das melhores trilhas sonoras do bairro! Drácula de Bram Stoker. Composta pelo polonês WOJCIECH KILAR. Incrivelmente linda, forte, pungente, amedrontadora e ufa...escute a primeira faixa. O disco inteiro é uma obra à parte do filme. Nem lembro se chegou a ganhar um Oscar mas merecia. Duplo. Amo isso.
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Peter Liversidge
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
DOES ARTISTIC PRODUCTION END WITH DEATH?
Entrevista feita com o Andy Warhol via medium via internet. Um webchat do além! E o Oliver...o Oliver!!!!! Põe seu dedinho aqui ó.
PLANETA DIÁRIO
Ver coisas bonitas • ler mais • organizar todos os papéis • fazer tudo no presente • dizer coisas bonitas • 2 cigarros por dia • academia • sair pra ver o sol • escrever uma página por dia • passear com o Pepe • passear comigo • idealizar menos • encarar mais • dizer o quanto gosto para quem eu gosto • esquecer o passado • viver o presente • acabar com todas as expectativas • sorrir sem receio do barulho • comer de boca aberta quando tiver vontade • ir ao clube • ouvir • ficar em silêncio tranquilamente • respirar mais • exercer a flexibilidade em todas as áreas • relativizar • agir • pensar • me olhar sem desconfiança e sem medo • focar • relaxar • beber mais água • dormir no meio da cama.
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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
VAI
"...o que vês,
escreve-o num livro,
envia-os às 7 igrejas..." apoc 1,11
escreve-o num livro,
envia-os às 7 igrejas..." apoc 1,11
Estou com uma luz piscante há tempos ali, nalgum lugar entre as orelhas, me empurrando para páginas em branco, desejosas do bailado macio de canetas em sapatilhas de ponta. Se faltar assunto, serve também olhar o calhamaço de folhas, guardanapos e pedaços de papéis anônimos que guardam textículos, fragmentos de idéias, idéias, frases e um ou outro pensamento escorregadio que ali caiu. Às vezes é quase impossível não anotar um pensamento. Quando estou muito enlouquecido, eles escapam dos meus ouvidos como nuvens de vapor; não tenho como vedá-los, e mesmo se quisesse, eles escapariam pelos meus dedos, quentes, gasosos e rarefeitos.
Mas esses não são mesmo os melhores. São quase impossíveis de registrar e duram quase nada na folha. Gosto dos que escorrem pelos ouvidos e dos que caem como maçãs maduras. Os que escorrem, encontro pela manhã, espalhados pelo travesseiro como decalques. Palavras, um punhado delas. Os sólidos, descem pelo pescoço, escorregam pelo ombro, contornam o cotovelo, guiam o punho, se apropriam da minha mão e me fazem escrevê-los todos. Até acabar. Até que o silêncio das juntas e cartilagens digam fim.
Tomo ar para começar.
Vou escrever um livro.
Mas esses não são mesmo os melhores. São quase impossíveis de registrar e duram quase nada na folha. Gosto dos que escorrem pelos ouvidos e dos que caem como maçãs maduras. Os que escorrem, encontro pela manhã, espalhados pelo travesseiro como decalques. Palavras, um punhado delas. Os sólidos, descem pelo pescoço, escorregam pelo ombro, contornam o cotovelo, guiam o punho, se apropriam da minha mão e me fazem escrevê-los todos. Até acabar. Até que o silêncio das juntas e cartilagens digam fim.
Tomo ar para começar.
Vou escrever um livro.
É NÓIS
Kristof Kintera
ENCONTRO
De quem vai e não diz se ou quando volta
De quem já deveria ter ido
De quem vem, com brilho no olhar
De quem é só partida e solidão
Dos que se cansaram de nomes
Daquele que, ainda distante, está e é
De quem não tem chão, nem estrelas, nem bolhas de sabão
Da coragem com a oportunidade
Das tantas noites insones
Dos diários imaginários
Dos dedos dos pés em covinhas e encostas macias
De toda sorte
Da firmeza de um sim
Da superstição com a fé
Da sua mão com a minha
Da orelha com a pele da nuca
De toda a gente que se gosta
Dos graus de separação
De São Paulo e Estocolmo
Do signo com o sol no meio do céu
Do paladar com a língua úmida
De quem é só parte
De novo.
De quem já deveria ter ido
De quem vem, com brilho no olhar
De quem é só partida e solidão
Dos que se cansaram de nomes
Daquele que, ainda distante, está e é
De quem não tem chão, nem estrelas, nem bolhas de sabão
Da coragem com a oportunidade
Das tantas noites insones
Dos diários imaginários
Dos dedos dos pés em covinhas e encostas macias
De toda sorte
Da firmeza de um sim
Da superstição com a fé
Da sua mão com a minha
Da orelha com a pele da nuca
De toda a gente que se gosta
Dos graus de separação
De São Paulo e Estocolmo
Do signo com o sol no meio do céu
Do paladar com a língua úmida
De quem é só parte
De novo.
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