sexta-feira, 25 de julho de 2008
JAY MATTHEWS
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PENNY SPANKIE
Fofura de sexta-feira.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
UNTITTLED #8
Seguindo o conselho do Marcelo Negri sobre o Deleted Images - é, ainda não catei o fundamento de como por link aqui - vou postando umas imagens que fiz por aí. É o que tem pra hoje.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
QUE SERA SERA
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sexta-feira, 18 de julho de 2008
TEATRO DO ABSURDO
(O Sr. e a Sra. Martin sentam-se frente a frente, sem se falarem. Sorriem um para o outro, timidamente. O diálogo que se segue deve ser dito com voz arrastada, monótona, meio cantante, sem nuances)
SR. MARTIN – Desculpe, minha senhora, mas me parece, se não estou enganado, que a conheço de algum lugar.
SRA. MARTIN – Eu também, meu senhor, parece que o conheço de algum lugar.
SR. MARTIN – Por acaso, minha senhora, eu não a teria visto em Manchester?
SRA. MARTIN – É bem possível. Eu sou da cidade de Manchester! Mas não me lembro muito bem, meu senhor, eu não poderia dizer se o vi ou não!
SR. MARTIN – Meu Deus, que curioso! Eu também sou da cidade de Manchester, minha senhora!
SRA. MARTIN – Que curioso!
SR. MARTIN – Que curioso! … Só que eu, minha senhora, saí de Manchester há mais ou menos cinco semanas!
SRA. MARTIN – Que curioso! Que estranha coincidência! Eu também, meu senhor, saí da cidade de Manchester há mais ou menos cinco semanas.
SR. MARTIN – Peguei o trem das 8 e meia da manhã, que chega em Londres às 15 para as 5, minha senhora.
SRA. MARTIN – Que curioso! Que estranho! E que coincidência! Eu também peguei o mesmo trem, meu senhor.
SR. MARTIN – Meu Deus, que curioso! Então, minha senhora, talvez eu a tenha visto no trem?
SRA. MARTIN – É bem possível, pode ser, é plausível, e, afinal, por que não!… Mas eu não me lembro disso, meu senhor!
SR. MARTIN – Eu estava viajando de segunda classe, minha senhora. Não existe segunda classe na Inglaterra, mas assim mesmo eu viajo de segunda classe.
SRA. MARTIN – Que estranho, que curioso, e que coincidência! Também eu, meu senhor, estava viajando de segunda classe!
SR. MARTIN – Que curioso! Talvez nós tenhamos nos encontrado na segunda classe, minha cara senhora!
SRA. MARTIN – É bem possível, pode ser. Mas eu não me lembro muito bem, meu caro senhor!
SR. MARTIN – Meu lugar era no vagão número 8, 6o. compartimento, minha senhora!
SRA. MARTIN – Que curioso! Meu lugar também era no vagão número 8, 6o. compartimento, meu caro senhor!
SR. MARTIN – Que curioso e que estranha coincidência! Talvez nós tenhamos nos encontrado no 6o. compartimento, minha cara senhora?
SRA. MARTIN – É bem possível, afinal! Mas eu não me lembro, meu caro senhor!
SR. MARTIN – Para falar a verdade, minha cara senhora, eu também não me lembro, mas é possível que tenhamos nos visto lá, e, pensando bem, a coisa me parece mesmo bem possível!
SRA. MARTIN – Oh! Realmente, é claro, realmente, meu senhor!
SR. MARTIN – Que curioso!… Meu lugar era o número 3, perto da janela, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Oh, meu Deus, que curioso e que estranho, meu lugar era o numero 6, perto da janela, em frente ao senhor, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Oh, meu Deus, que curioso e que coincidência!… Nós estávamos então frente a frente, minha cara senhora! É aí que devemos ter-nos visto!
SRA. MARTIN – Que curioso! É possível mas eu não me lembro, meu senhor.
SR. MARTIN – Para falar a verdade, minha cara senhora, eu também não me lembro. Contudo, é bem possível que nós tenhamos nos visto naquela ocasião.
SRA. MARTIN – É verdade, mas eu não estou muito certa disso, meu senhor.
SR. MARTIN – Mas não foi a senhora, minha cara senhora, a senhora me pediu para pôr sua maleta no bagageiro e que em seguida me agradeceu e me deu permissão para fumar?
SRA. MARTIN – É sim, devia ser eu, meu senhor! Que curioso, que curioso, e que coincidência!
SR. MARTIN – Que curioso, que estranho, que coincidência! Muito bem, e então, então talvez nós tenhamos nos conhecido naquele momento, minha senhora?
SRA. MARTIN – Que curioso e que coincidência! É bem possível, meu caro senhor! Contudo, acho que não me lembro.
SR. MARTIN – Eu também não, minha senhora.
(Um momento de silêncio. O relógio bate)
SR. MARTIN – Desde que cheguei a Londres, moro na rua Bromfield, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Que curioso, que estranho! Eu também, desde a minha chegada a Londres, moro na rua Bromfield, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Que curioso, mas então, talvez nós tenhamos nos encontrado na rua Bromfield, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Que curioso, que estranho! É bem possível, afinal! Mas eu não me lembro, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Eu moro no número 19, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Que curioso, eu também moro no número 19, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Mas então, mas então, mas então, mas então, mas então, talvez nós tenhamos nos visto naquela casa, minha cara senhora?
SRA. MARTIN – É bem possível, mas eu não me lembro, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Meu apartamento fica no 5o. andar, é o número 8, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Que curioso, meu Deus, que estranho! E que coincidência! Eu também moro no 5o. andar, no apartamento número 8, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Que curioso, que curioso, que curioso e que coincidência! Sabe no meu quarto, eu tenho uma cama. Minha cama fica coberta com um edredon verde, encontra-se no fim do corredor, entre o lavabo e a biblioteca, minha cara senhora!
SRA. MARTIN – Que coincidência, ah meu Deus, que coincidência! Meu quarto também tem uma cama com um edredon verde e se encontra no fim do corredor, entre o lavabo, meu caro senhor, e a biblioteca!
SR. MARTIN – Que estranho, curioso! Então, minha senhora, moramos no mesmo quarto e dormimos na mesma cama, minha cara senhora. Talvez seja lá que nós tenhamos nos encontrado!
SRA. MARTIN – Que curioso e que coincidência! É bem possível que tenhamos nos encontrado lá, e talvez até mesmo na noite passada. Mas eu não me lembro, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Eu tenho uma filhinha, minha filhinha, ela mora comigo, minha cara senhora. Ela tem 2 anos, é loira, tem um olho branco e um olho vermelho, é muito bonita e se chama Alice, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Que estranha coincidência! Eu também tenho uma filhinha, ela tem 2 anos, um olho branco e um olho vermelho, é muito bonita e também se chama Alice, meu caro senhor.
SR. MARTIN – ( com a mesma voz arrastada, monótona) Que curioso e que coincidência! E estranho! Talvez seja a mesma, minha cara senhora!
SRA. MARTIN – Que curioso! É bem possível, meu caro senhor.
Um momento de silêncio bem longo… O relógio bate vinte e nove vezes.
SR. MARTIN – (após refletir longamente, levanta-se lentamente e, sem se apressar, dirige-se até a Sra. Martin que, surpresa com o ar solene do Sr. Martin, também se levantou, muito suavemente; o Sr. Martin fala com a mesma voz singular, monótona, vagamente cantante) Então, minha cara senhora, creio que não há duvida, nós já nos vimos e a senhora é minha própria esposa… Elisabeth, eu reencontrei você!
SRA. MARTIN – (aproximando-se do Sr. Martin sem se apressar. Eles se abraçam sem expressão. O relógio soa uma vez, muito forte. A batida do relógio deve ser tão forte que deve fazer os espectadores se sobressaltarem. O casal Martin não a ouve.)
Donald, é você, darling!
Às vezes nos comunicar exige um esforço grande demais para diálogos sem sentido.
SR. MARTIN – Desculpe, minha senhora, mas me parece, se não estou enganado, que a conheço de algum lugar.
SRA. MARTIN – Eu também, meu senhor, parece que o conheço de algum lugar.
SR. MARTIN – Por acaso, minha senhora, eu não a teria visto em Manchester?
SRA. MARTIN – É bem possível. Eu sou da cidade de Manchester! Mas não me lembro muito bem, meu senhor, eu não poderia dizer se o vi ou não!
SR. MARTIN – Meu Deus, que curioso! Eu também sou da cidade de Manchester, minha senhora!
SRA. MARTIN – Que curioso!
SR. MARTIN – Que curioso! … Só que eu, minha senhora, saí de Manchester há mais ou menos cinco semanas!
SRA. MARTIN – Que curioso! Que estranha coincidência! Eu também, meu senhor, saí da cidade de Manchester há mais ou menos cinco semanas.
SR. MARTIN – Peguei o trem das 8 e meia da manhã, que chega em Londres às 15 para as 5, minha senhora.
SRA. MARTIN – Que curioso! Que estranho! E que coincidência! Eu também peguei o mesmo trem, meu senhor.
SR. MARTIN – Meu Deus, que curioso! Então, minha senhora, talvez eu a tenha visto no trem?
SRA. MARTIN – É bem possível, pode ser, é plausível, e, afinal, por que não!… Mas eu não me lembro disso, meu senhor!
SR. MARTIN – Eu estava viajando de segunda classe, minha senhora. Não existe segunda classe na Inglaterra, mas assim mesmo eu viajo de segunda classe.
SRA. MARTIN – Que estranho, que curioso, e que coincidência! Também eu, meu senhor, estava viajando de segunda classe!
SR. MARTIN – Que curioso! Talvez nós tenhamos nos encontrado na segunda classe, minha cara senhora!
SRA. MARTIN – É bem possível, pode ser. Mas eu não me lembro muito bem, meu caro senhor!
SR. MARTIN – Meu lugar era no vagão número 8, 6o. compartimento, minha senhora!
SRA. MARTIN – Que curioso! Meu lugar também era no vagão número 8, 6o. compartimento, meu caro senhor!
SR. MARTIN – Que curioso e que estranha coincidência! Talvez nós tenhamos nos encontrado no 6o. compartimento, minha cara senhora?
SRA. MARTIN – É bem possível, afinal! Mas eu não me lembro, meu caro senhor!
SR. MARTIN – Para falar a verdade, minha cara senhora, eu também não me lembro, mas é possível que tenhamos nos visto lá, e, pensando bem, a coisa me parece mesmo bem possível!
SRA. MARTIN – Oh! Realmente, é claro, realmente, meu senhor!
SR. MARTIN – Que curioso!… Meu lugar era o número 3, perto da janela, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Oh, meu Deus, que curioso e que estranho, meu lugar era o numero 6, perto da janela, em frente ao senhor, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Oh, meu Deus, que curioso e que coincidência!… Nós estávamos então frente a frente, minha cara senhora! É aí que devemos ter-nos visto!
SRA. MARTIN – Que curioso! É possível mas eu não me lembro, meu senhor.
SR. MARTIN – Para falar a verdade, minha cara senhora, eu também não me lembro. Contudo, é bem possível que nós tenhamos nos visto naquela ocasião.
SRA. MARTIN – É verdade, mas eu não estou muito certa disso, meu senhor.
SR. MARTIN – Mas não foi a senhora, minha cara senhora, a senhora me pediu para pôr sua maleta no bagageiro e que em seguida me agradeceu e me deu permissão para fumar?
SRA. MARTIN – É sim, devia ser eu, meu senhor! Que curioso, que curioso, e que coincidência!
SR. MARTIN – Que curioso, que estranho, que coincidência! Muito bem, e então, então talvez nós tenhamos nos conhecido naquele momento, minha senhora?
SRA. MARTIN – Que curioso e que coincidência! É bem possível, meu caro senhor! Contudo, acho que não me lembro.
SR. MARTIN – Eu também não, minha senhora.
(Um momento de silêncio. O relógio bate)
SR. MARTIN – Desde que cheguei a Londres, moro na rua Bromfield, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Que curioso, que estranho! Eu também, desde a minha chegada a Londres, moro na rua Bromfield, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Que curioso, mas então, talvez nós tenhamos nos encontrado na rua Bromfield, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Que curioso, que estranho! É bem possível, afinal! Mas eu não me lembro, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Eu moro no número 19, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Que curioso, eu também moro no número 19, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Mas então, mas então, mas então, mas então, mas então, talvez nós tenhamos nos visto naquela casa, minha cara senhora?
SRA. MARTIN – É bem possível, mas eu não me lembro, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Meu apartamento fica no 5o. andar, é o número 8, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Que curioso, meu Deus, que estranho! E que coincidência! Eu também moro no 5o. andar, no apartamento número 8, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Que curioso, que curioso, que curioso e que coincidência! Sabe no meu quarto, eu tenho uma cama. Minha cama fica coberta com um edredon verde, encontra-se no fim do corredor, entre o lavabo e a biblioteca, minha cara senhora!
SRA. MARTIN – Que coincidência, ah meu Deus, que coincidência! Meu quarto também tem uma cama com um edredon verde e se encontra no fim do corredor, entre o lavabo, meu caro senhor, e a biblioteca!
SR. MARTIN – Que estranho, curioso! Então, minha senhora, moramos no mesmo quarto e dormimos na mesma cama, minha cara senhora. Talvez seja lá que nós tenhamos nos encontrado!
SRA. MARTIN – Que curioso e que coincidência! É bem possível que tenhamos nos encontrado lá, e talvez até mesmo na noite passada. Mas eu não me lembro, meu caro senhor.
SR. MARTIN – Eu tenho uma filhinha, minha filhinha, ela mora comigo, minha cara senhora. Ela tem 2 anos, é loira, tem um olho branco e um olho vermelho, é muito bonita e se chama Alice, minha cara senhora.
SRA. MARTIN – Que estranha coincidência! Eu também tenho uma filhinha, ela tem 2 anos, um olho branco e um olho vermelho, é muito bonita e também se chama Alice, meu caro senhor.
SR. MARTIN – ( com a mesma voz arrastada, monótona) Que curioso e que coincidência! E estranho! Talvez seja a mesma, minha cara senhora!
SRA. MARTIN – Que curioso! É bem possível, meu caro senhor.
Um momento de silêncio bem longo… O relógio bate vinte e nove vezes.
SR. MARTIN – (após refletir longamente, levanta-se lentamente e, sem se apressar, dirige-se até a Sra. Martin que, surpresa com o ar solene do Sr. Martin, também se levantou, muito suavemente; o Sr. Martin fala com a mesma voz singular, monótona, vagamente cantante) Então, minha cara senhora, creio que não há duvida, nós já nos vimos e a senhora é minha própria esposa… Elisabeth, eu reencontrei você!
SRA. MARTIN – (aproximando-se do Sr. Martin sem se apressar. Eles se abraçam sem expressão. O relógio soa uma vez, muito forte. A batida do relógio deve ser tão forte que deve fazer os espectadores se sobressaltarem. O casal Martin não a ouve.)
Donald, é você, darling!
Às vezes nos comunicar exige um esforço grande demais para diálogos sem sentido.
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Eugene Ionesco
quinta-feira, 17 de julho de 2008
QUADRÚPEDE OU SÓ OS CÃES SÃO FELIZES
Ser feliz é um cachorro comemorando a sua chegada por pior que tenha sido - pra ele - o momento da sua saída. Ser feliz é ser cão e acreditar que o dono cruel de manhazinha, vai voltar pra casa carinhoso e devotado à noite. Porque aquele dono que saiu batendo portas e o trancando no quintal é só um rascunho feio do verdadeiro dono, que o leva pra passear e o coloca nos braços como uma criança. Porque quando esse dono está bravo, ele acha que é o cão que deve ser contido e trancado no quintal. Ainda bem que esse desenho feio do dono aparece de vez em quando, não muito.
O cão é que é feliz quando, exultante, celebra com o mais emocionado e sincero abanar de rabo a chegada do dono em casa. E quando está tudo bem, mesmo que ele tenha se portado mal, revirado o lixo ou comido mais um pé de Havaianas. O tempo pra ele é o da volta, não o instante da briga. A felicidade é quadrúpede porque para os cães - felizmente - não foi dada a cruz do JULGAMENTO. Eles amam e pronto. IN-CON-DI-CIO-NAL-MEN-TE. Meu cão tem me ensinado tanto sobre generosidade, tanto sobre amar. Ele nunca deiste de subir na cama por mais 'nãos' que receba e obedeça cabisbaixo. Mas hoje ele vai dormir comigo e deitar nas novas fronhas que ganhei de um outro amor.
terça-feira, 15 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
MAGNETISMO
Numa era em que se pode resolver praticamente tudo na arte com as facilidades da realidade virtual e de um mundo de soluções digitais, fiquei feliz em conhecer o trabalho dessa dupla que cria belíssimas imagens utilizando Ferro-Fluid* e magnetismo. Incrível.
*O “ferrofluid” é um interessante material desenvolvido originalmente pela NASA. Trata-se de um líquido que contém nano-partículas magnéticas que sob o efeito de um ímã, cria espantosas formas.
*O “ferrofluid” é um interessante material desenvolvido originalmente pela NASA. Trata-se de um líquido que contém nano-partículas magnéticas que sob o efeito de um ímã, cria espantosas formas.
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Sachiko Kodama e Minkako Takeno
CINÉTICA@BMW MUSEUM
quinta-feira, 10 de julho de 2008
GUERNICA 3D
sábado, 5 de julho de 2008
CABELO À PIRULITO E SAPATO AMERICANO
Tem um tempo que não escuto música de boate em casa, um tempo maior que parei de acompanhar as oscilações dos estilos musicais mudernos. Não sei mais qual a diferença entre electro, house, tribal, disco e afins. Em casa, prefiro descansar os ouvidos desse tipo de ostinatos. A verdade é que não tem rolado nada na noite que me emocione muito a ponto de me fazer dançar com mais galhardia. E é um saco estar numa pista dançando com pezinho frouxo que nem todo mundo. Prefiro dançar em casa, do jeito que eu quiser, com a música que eu escolho.
Mas esse post nem era pra falar de boite. Queria compartilhar umas coisas. Nem posso dizer que são novidades mas tem me dado grande prazer ouvir esses senhores. O engraçado é que não tenho muito apego por cantores. Acho que a voz masculina não me encanta tanto quanto a voz das mulheres. Será por isso que não existe sereios? Serão as cantoras as sirenas de outrora? Mistério...
O primeiro sujeito é o enfant terrìble à frente da banda Beirut, Zach Condon. Acho que até já falei dele aqui, por conta da trilha do desfile de inverno da Rita Wainer, onde ouvi pela primeira vez e fiquei chocado com a voz do gajo e com o som da banda. Júbilo divino pros ouvidos.
O outro é o sr. Thom Yorke. Já tinha ouvido falar mil maravilhas sobre o disco solo e tal mas nunca nem me mexi pra ouvir. Aí o Luca Lauri me gravou o cd do rapaz...Deve ter quase um mês que ouço diariamente esse disco e acho sensacional.
Hoje é dia de ficar ouvindo coisa boa pra cabeça, Judith. Parla!
Mas esse post nem era pra falar de boite. Queria compartilhar umas coisas. Nem posso dizer que são novidades mas tem me dado grande prazer ouvir esses senhores. O engraçado é que não tenho muito apego por cantores. Acho que a voz masculina não me encanta tanto quanto a voz das mulheres. Será por isso que não existe sereios? Serão as cantoras as sirenas de outrora? Mistério...
O primeiro sujeito é o enfant terrìble à frente da banda Beirut, Zach Condon. Acho que até já falei dele aqui, por conta da trilha do desfile de inverno da Rita Wainer, onde ouvi pela primeira vez e fiquei chocado com a voz do gajo e com o som da banda. Júbilo divino pros ouvidos.
O outro é o sr. Thom Yorke. Já tinha ouvido falar mil maravilhas sobre o disco solo e tal mas nunca nem me mexi pra ouvir. Aí o Luca Lauri me gravou o cd do rapaz...Deve ter quase um mês que ouço diariamente esse disco e acho sensacional.
Hoje é dia de ficar ouvindo coisa boa pra cabeça, Judith. Parla!
KAOSMOS
O caos é lindo, né, Timothy Leary? Eu adoro. Dá um pouquinho medo de perder o controle mas funciona como uma válvula propulsora. Alguém um dia me disse que em tudo que fazemos é importante ter pelo menos 30% de caos. Mais ou menos. Eu sei que nas coisas que eu faço, é assim. Levanto tudo, jogo tudo pra cima, pesquiso, chafurdo, sujo, quebro, rasgo e depois começo a organizar. Aí vai aparecendo o que quero, aí vão surgindo as coisas, o universo começa a dançar como uma espuma descendo em circular pelo ralo. O processo de criação - isso soa tão esnobe! - que me dá segurança é exatamente não ter nenhuma. Não saber respostas, não saber onde vai dar mas continuar andando. "A estrada é melhor que a hospedaria". Nem sempre as pessoas entendem isso. Viva o empirismo! Ninguém tem resposta pra nada mesmo. Lembrei de uma música do Titãs:
"EU NÃO SEI FAZER MÚSICA
MAS EU FAÇO
EU NÃO SEI CANTAR AS MÚSICAS QUE FAÇO
MAS EU CANTO
EU NÃO TENHO CERTEZA
MAS EU ACHO"
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